Sophie Allison, a responsável deste projeto, chega de rompante com este que é o seu terceiro álbum de estúdio.
Agora, com 25 anos, podemos constata e comprovar, com os ouvidos, a evolução da Sophie Allison, isto é, de Soccer Mommy. Ela que gravou, em 2017, um álbum no seu quarto junto dos peluches e das bonecas de porcelana que tinha por lá, (vamos acreditar que sim). Este álbum valeu-lhe um contrato para que esse mesmo álbum fosse gravado no sítio certo. Qual é o sítio certo? É o estúdio. Podem desligar o GPS. Ou seja, a mensagem implícita aqui é que muitas das vezes só é necessário um quarto.
As referências de Soccer Mommy são bons indícios daquilo que ela tem para nos oferecer. Inspira-se em Alanis Morissette, Smashing Pumpkins e/ou The Cure. Com coisas destas, muito dificilmente ela não nos brinda ou brindaria com coisas agradáveis. Nunca sei muito bem qual é o verbo indicado a usar.
No “Sometimes, Forever” ouvimos um rock que nos chega sempre com muita distorção. O facto do rock ser maioritariamente ruidoso contrasta com os vocais limpos da Sophie. Conjugação boa! Consegue pegar no rock e conduzi-lo com muito engenho para um indie mais pop até nos perdermos e não sabermos onde é que estamos. Existem temas em que as temáticas predominantes são os pensamentos suicidas, as drogas, o perfecionismo e tantas outras coisas.
Podemos encontrar, neste álbum, temas como: Shotgun (o meu preferido e, possivelmente, o hit), With U e/ou Don´t Ask Me.
Este é um disco que, apesar de toda a sua inquietação, consegue ser melodioso e, acima de tudo, rejuvenescedor. Ao ouvirmos o resultado do disco, conseguimos perceber que as influências musicais encontram-se um pouco por cada faixa. Associamos com facilidade aquilo que é feito com aquilo que já foi feito. Um disco conveniente e que é merecedor de nos fazer companhia às vezes ou sempre. O toque enérgico e introspetivo de Soccer Mommy é algo digno de visita!