O regresso de Band of Horses é feito pela porta do cavalo. Isto é, por uma porta bem grande. O último lançamento da banda tinha sido em 2016, aquando do lançamento de “Why Are You OK”. Feitas as contas, foram seis os anos de espera para que a banda regressasse. Se estes seis anos de espera valeram a pena e a espera? Claramente. Esperem… Sim, valeram claramente a pena. Esqueçam! Em “Things Are Great”, as coisas são mesmo isso: boas, muito boas! Neste disco, a banda americana reaparece com o seu indie rock melódico e, em simultâneo, com todo um ritmo contagiante, capaz de nos afastar do trânsito. O rock do grupo é dançável para quem souber dançar e para quem não souber? Também. A sonoridade tem um grão e uma personalidade hiperativa. Existem rasgos de punk em muito daquilo que a banda traz e faz. A voz do Ben Bridwell situa-nos nesse mesmo estilo. Se existe a voz da razão, a voz do Bridwell poderia ser a voz do punk sem ser do punk. Ou seja, algo que poderia ser e não é. O primeiro tema a ser lançado foi o “Crutch”, há sensivelmente seis meses. Depois desse tema foram surgindo, de forma gradual, todos os outros que compõe este disco. Quantos temas compõe o disco? 10, o número dos craques. Temos um pouco de tudo, malhas mais afirmativas, outras mais à base da balada. No entanto, nada se perde e tudo se encontra neste trabalho repleto de coisas boas. É fácil apreciar aquilo que esta banda faz, no fundo. Neste disco, moram temas como: “You Are Nice To Me”, “Coalinga” e/ou “Aftermath”. Um disco que cumpre o seu propósito e que demonstra que os Band of Horses estão aí e aqui para as curvas e para as retas. As qualidades da banda não se perderam no tempo. Aliás, o tempo acabou mesmo por amadurecer todos os atributos do grupo. Este é um ótimo disco para se ouvir pela tarde dentro. Façam questão!