A terceira edição do Poço de Noção decorreu nos dias 26 e 27 de Julho. A primeira edição com dois dias e duas noites foi um sucesso. Perto de um milhar de pessoas passaram pelo Poço do Frade, num balanço extremamente positivo com concertos repletos de energia e, claro está, repletos daquela palavra que começa por N: Noção.
Os Nunca Mates o Mandarim, banda que inaugurou o palco, trouxe consigo a chave da porta desta edição.
Toda a gente parou pra ver. Oriundos da cidade invicta, os Mandarins, surgem na música com o intuito de reescrever os lugares que os viram crescer. No Poço, vimos a ascensão deste que será um grupo que vai dar que falar e já vai dando.
A banda mostrou, através dos seus originais, o que é ter a caneta afiada. Numa viagem sonora inserida na fronteira do Rock ligeiro e o Pop, os Mandarins trouxeram coisas belas, portuguesas e sexy´s. Uma ode à música portuguesa que foi imperdível e, além disso, visível nos passos de dança levados a cabo pela plateia.
Noiserv, o cabeça de cartaz desta edição e um dos nomes mais consagrados no panorama musical português. Conhecido pela sua capacidade multi-instrumental e as suas tshirt-s às riscas, que não estão nas imagens, Noiserv subiu a palco com uma carreira repleta de êxitos e temas que combinaram com todo o ambiente do recinto.
Uma Palavra Começada por N, One Hundred Miles from Thoughless foram alguns dos álbuns visitados pelo mesmo nesta subida a palco e a cubo. O canivete suíço, só que português, mostrou todo o seu engenho, humor e humildade numa atuação intimista e que catapultou o Poço de Noção para um sítio ainda mais bonito.
Um nome incontornável e que, consigo, trouxe o mote desta edição, ou não fosse a palavra Noção, começar pela dita cuja. Por dita cuja, entenda-se Palavra Começada Por N. Claro está, que ele fez essa graçola em palco. Seria imperdoável se desperdiçasse a oportunidade e o conceito.
Para fechar em beleza, foi a vez dos Hause Plants pegarem nas chaves com que os Mandarins abriram a porta dos concertos.
Depois de meio mundo percorrido, a banda subiu ao palco com uma tour europeia, outra visita americana e uma semana após o concerto dado no SBSR. Ou seja, o estágio que o grupo fez para se apresentar, aqui, nas melhores condições foi de se louvar.
Tocaram alguns temas quase que inéditos pela sua frescura. A banda está a atravessar a fronteira linguística e lançado temas na língua mãe, entre os quais destacam-se: Passar Mal ou Insegurança. Recentemente, o grupo assinou pela Cuca Monga e tudo isso contribuiu para apanhar a banda numa fase de enorme potencial e descoberta nestes novos caminhos. Os primeiros passos deste novo trajeto foram ouvidos aqui. Os clássicos não faltaram na setlist e a Sky Head, a pedido, também não.
O Poço de Noção entra para a história dos Hause Plants, como o concerto mais tardio dado pela mesma. A banda lisboeta é consensualmente conhecida pela energia que emprega no seu Rock, que vive muito da veia Indie. Tudo isto, faz com que as performances do grupo sejam memoráveis para quem as vê e ouve e… este foi, mais uma vez, o caso.
Acostumados a grandes palcos, os Hause Plants tiveram nesta edição um palco à medida dos seus costumes.
Um especial agradecimento a todos aqueles que vieram fazer parte deste festival e que vibraram com o cartaz proposto. Outro obrigado a todos os artistas, bandas, DJ´s, ao feedback dado por todas as comitivas, aos patrocinadores, a toda a gente que apoia e que, desta ou daquela maneira, contribui para que possamos continuar a fazer destas coisas. Bonitas. Muito bonitas!
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