Para esta semana trago uma banda da Nova Zelândia. Falo-vos dos The Beths, banda formada por Stokes e Pearce no início de 2015. Lançaram o primeiro single “Idea / Intent” via SoundCloud em Julho do mesmo ano e, no ano seguinte, “Warm Blood”. Em 2017 mostraram ao mundo “Great No One”, a primeira música do álbum “Future Me Hates Me” que foi editado integralmente já em 2018.
Não há muitas bandas com um 2020 melhor do que The Beths. O grupo indie-pop de Auckland, com o seu LP de estreia “Future Me Hates Me”, foi dos poucos artistas que não teve de cancelar espetáculos, muito graças à resposta por parte do governo da Nova Zelândia aos casos de Covid que afetaram o país. Foi ainda em 2020 que lançaram o seu segundo álbum, “Jump Rope Gazers” e é este álbum que me faz escrever sobre The Beths – uma banda que já sigo há bastante tempo, mas que me consegue sempre surpreender.
Os The Beths dão mais um passo certeiro com “Jump Rope Gazers”, um segundo álbum repleto de boas músicas. Por vezes a compositora e vocalista Elizabeth Stokes faz-me lembrar a Courtney Barnett na forma como passa de uma voz melódica para uma voz eufórica.
A pressão que os fãs e os próprios músicos colocam nos segundos álbuns pode ser um peso enorme, mas não foi definitivamente esse o caso com The Beths que levaram o seu “Jump Rope Gazers” para a estrada sem qualquer receio. Trazem-nos um álbum de amadurecimento de onde destaco as faixas “Jump Rope Gazeres”, “Acrid” e “Out of Sight”.