Depois do atípico e pouco produtivo ano de 2020, eis que surge um novo ano, com amostras de maior vitalidade e vigor, deixando já boas indicações e esperança para o que ainda resta dele. Já com mais de meia volta completa ao sol deixo um balanço pessoal daquilo que mais me foi ficando no tímpano até à data.
Não tendo esta publicação uma ordem de preferência obrigatória, tenho que confessar o meu tendenciosismo para deixar este trabalho a encabeçar a lista. Foi seguramente aqui que parei mais vezes e onde mais ativei o modo repeat.
Depois de dois belíssimos EP’s, eis que surge, finalmente, o álbum de estreia do quarteto de Inglaterra, lugar aliás bastante comum entre os trabalhos mais interessante que nos vão surgindo nos últimos tempos – aparentemente nem tudo no Brexit poderá ter sido mau, a música tem reagido em força.
As arrojadas guitarras e a enérgica bateria encontram uma simbiose perfeita com a poesia que sai dos lábios de Florence Shaw, neste estilo caraterístico que me faz achar os Dry Cleaning umas das bandas mais estimulantes a ganhar vida nos últimos tempos.
Estarão em Portugal no Nos Pimavera Sound.